Inflammation and fever after Bothrops snakebite: a brief clinical-epidemiological review through case report and infrared thermography follow-up

  • João Alberto de Souza Ribeiro Universidade de São Paulo
  • Guilherme Gomes
  • Marcos Leal Brioschi
  • Silvia Maria de Macedo Barbosa
  • Manoel Jacobsen Teixeira

Resumo

A Termografia Infravermelha (IRT) é um método capaz de delinear visualmente a extensão de um processo inflamatório. Relatamos o caso de um jovem picado por serpente do gênero Bothrops que experimento febre ao longo de 4 semanas de internação (37,8 ºC ±0,67, IC 95%) com rastreamento laboratorial para infecções negativos. Considerou-se crer que os fenômenos pró-inflamatórios locais e sistêmicos foram a fonte de um fenômeno inflamatório atípico desencadeador da febre persistente. DISCUSSÃO: a ação do veneno das serpentes do gênero Bothrops é caracterizada por diversos fenômenos, especialmente proteolíticos e pró-inflamatórios que parecem promover um quadro inflamatório persistente em sua fase aguda associado ou não com febre persistente. O esclarecimento desta condição, assim, se mostra essencial na decisão de se introduzir antibióticos profiláticos ou terapêuticos perante sua elevada morbidade. CONCLUSÃO: A IRT parece ser um recurso útil para avaliar a extensão de processos inflamatórios e seguimento clínico em casos de ofidismo, elucidando visual e indiretamente a extensão da lesão inflamatória por meio da intensidade/topografia da radiação infravermelha. A febre pode não representar um processo infeccioso, mas inflamatório ou imunomediado, sendo um importante diferencial etiológico considerando que, não raramente, antibioticoterapia de largo espectro é precocemente introduzida nesses casos.

Como Citar
RIBEIRO, João Alberto de Souza et al. Inflammation and fever after Bothrops snakebite: a brief clinical-epidemiological review through case report and infrared thermography follow-up. Pan American Journal of Medical Thermology, [S.l.], v. 6, p. 87-93, out. 2021. ISSN 2358-4696. Disponível em: <http://www.abraterm.com.br/revista/index.php/PAJMT/article/view/85>. Acesso em: 18 abr. 2024. doi: http://dx.doi.org/10.18073/pajmt.2019.6.87-93.
Seção
Relato de Caso

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